Jornal Correio Braziliense

Politica

Planalto prevê nova ofensiva do juiz Sérgio Moro durante votações

Pelo cronograma estabelecido, o processo deverá ser apreciado pelo plenário da Câmara no dia 17



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Apesar de rebater a acusação, integrantes do Planalto admitem que o conteúdo da delação reverteu o clima favorável a Dilma na Câmara. No início da semana, o governo contava 200 votos contra o impeachment. Hoje esse número estaria em 180. Para os próximos dias, a ideia do governo vai ser tentar criar uma "vacina" para proteger a presidente de novas revelações negativas que envolvam o seu nome. A estratégia passa por agir rápido e não deixar nenhuma suspeita que surgir sem uma resposta.

Uma mostra de como o Planalto vai agir começou a ser esboçada esta semana. Anteontem, Dilma fez um duro discurso contra o que chamou de "vazamentos oportunistas e seletivos". Ela afirmou ter certeza de que haveria novos vazamentos na próxima semana e que essa situação criava "um ambiente propício ao golpe".

A presidente também acionou o Ministério da Justiça para apurar e tomar as medidas cabíveis contra quem vazar informações de depoimentos da Lava-Jato. Já o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, foi escalado para fazer um apelo para que o Ministério Público Federal e o Poder Judiciário impedissem que investigações que correm sob sigilo fossem repassadas à imprensa neste momento que antecede a votação do impeachment na Câmara.

Ontem, a presidente reforçou a mensagem de que está disposta a fazer um pacto pela governabilidade ao entregar moradias do programa Minha Casa Minha Vida, no Rio de Janeiro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.I