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Dilma inaugura centro aquático e critica 'clima de quanto pior, melhor'

"Se nós somos capazes de fazer uma Olimpíada, se nós somos capazes de fazer uma Paralimpíada, nós somos capazes de fazer também o nosso país voltar a crescer", disse a presidente da cerimônia

A presidente Dilma Rousseff voltou a criticar, nesta sexta-feira, o que ela chamou de "clima de quanto pior, melhor" que vive o Brasil, afirmando que isso prejudica a estabilidade econômica e política do País.

Dilma aproveitou ato que marcou a inauguração do Centro Olímpico de Esportes Aquáticos, um dos palcos de disputa dos Jogos Olímpicos do Rio, para fazer uma defesa de seu governo. "Se nós somos capazes de fazer uma Olimpíada, se nós somos capazes de fazer uma Paralimpíada, nós somos capazes de fazer também o nosso país voltar a crescer".

Dilma participou de um ato dedicado à Olimpíada poucas horas após o Comitê Olímpico da Grécia anunciar que a presidente decidiu não participar da cerimônia de acendimento da chama olímpica, dia 21, em Olímpia (GRE). O tradicional evento está marcado para acontecer quatro dias após a data provável da votação na Câmara do processo de impeachment, que pode afastá-la da presidência.

[SAIBAMAIS]"Eu acho que hoje no Brasil há um certo clima que eu não chamo de mau humor, é um clima que eu chamo de quanto pior, melhor. Acho que um clima de quanto pior, melhor, ele não interessa ao País. Ele não interessa há necessária estabilidade econômica e política do País", sustentou, momento em que foi aplaudida pelas autoridades presentes.

"Se nós somos capazes de fazer uma Olimpíada, se nós somos capazes de fazer uma Paralimpíada, nós somos capazes de fazer também o nosso país voltar a crescer. Para isso, um elemento é fundamental: o elemento da convergência, o elemento do diálogo e o elemento da parceria."



Instalado quase ao final do Parque Olímpico, o centro aquático fica a pelo menos 400 metros da avenida Salvador Allende, principal via de acesso. O acesso ao parque, que ainda está em obras, é restrito. Assim, o público em geral não teve acesso à cerimônia. A plateia foi formada pelos ministros Ricardo Leyser (Esporte), Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Marcelo Castro (Saúde), além do governador em exercício do Estado do Rio, Francisco Dornelles, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, membros do Comitê Rio-2016, integrantes das Forças Armadas e outros convidados.

No ato desta sexta, o ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB) assinou termo de cessão de 146 ambulâncias - equipadas como UTIs móveis - para reforçar o atendimento nos Jogos Olímpicos.

Centro Aquático

Prevista para começar às 11 horas, a cerimônia de inauguração do centro de esportes aquáticos iniciou com 30 minutos de atraso. Às 10h52, os refletores se apagaram. A iluminação retornou cerca de 15 minutos depois, mas, por volta das 11h15, um quarto dos refletores apresentou problema novamente e a iluminação deles não retornou mais.

O Centro Olímpico de Esportes Aquáticos vem sendo motivo de críticas da Federação Internacional de Natação (Fina) devido a sua capacidade de público. Oficialmente, o local abriga 18 mil espectadores, mas estima-se que três mil lugares não poderão ser ocupados em função da área de imprensa, atletas e outras contingências. Além disso, quatro grandes pilastras de sustentação do teto deixam grandes pontos cegos - o cálculo é o de que 7,8% das arquibancadas não poderão ser utilizadas em função disso. Assim, a capacidade total de público na Olimpíada não deverá chegar a 13 mil pessoas.

O centro - que abrigará as provas de natação e parte da competição de polo aquático nos Jogos Olímpicos - será sede do Troféu Maria Lenk a partir da próxima sexta-feira. Na outra semana, o local abrigará uma competição internacional de natação paralímpica e um torneio de polo aquático. Após os Jogos Olímpicos, o estádio aquático terá sua estrutura física dividida e será transformado em dois ginásios para natação.