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Mulher é expulsa de cerimônia no Planalto após protestar contra Dilma

No encontro, Dilma criticou o que considerou de vazamento seletivos da Operação Lava-Jato e rebateu ainda a reportagem de uma revista semanal que descreveu um comportamento desequilibrado da presidente

A cerimônia em apoio a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto na manhã desta quinta-feira (7/4) quase acabou em confusão quando uma mulher identificada como Kelly Cristine se levantou em meio à multidão expondo frente ao corpo uma camiseta com a mensagem ;impeachment e democracia;. Escoltada e sob vaias, a manifestante foi retirada do evento e convidada a deixar o prédio presidencial. Em seguida, Dilma recebeu manifestos de apoio das feministas e voltou a defender seu mandato do pedido de impeachment que tramita na Câmara.

Em um discurso duro, Dilma criticou o que considerou de vazamento seletivos da Operação Lava-Jato, sem fazer menção ao episódio dos diálogos dela e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tratando a posse dele no mês passado. ;A maior de todas a leis no Brasil é a Constituição;, Dilma enfatizou que só a Constituição pode retirar dela o cargo de presidente. ;Não está escrito lá que pode tirar porque o país passa por dificuldades na economia;, ironizou.

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;A Constituição proíbe vazamentos, vazamentos premeditados. Vazar, porque não é necessário provar, basta noticiar, basta usar, acusar. Nada disso é problema porque sempre há impunidade. Isso não transforma o Brasil num país que respeita as instituições;, criticou. ;Eu determinei ao ministro da Justiça (Eugênio Aragão) a rigorosa responsabilidade;, afirmou. ;Vamos tomar todas as medidas cabíveis. Passou dos limites a seleção muito clara de vazamentos no nosso país;, criticou.

Em tom irônico, a presidente rebateu ainda a reportagem de uma revista semanal que descreveu um comportamento desequilibrado da presidente diante de situações conflituosas. ;Estou indignada com a matéria da revista;, frisou, avisando que vai processar a editora. ;Essa revista vem sistematicamente mentindo, inventando, incitando o ódio e a intolerância, produzindo uma peça de ficção com o propósito de me ofender justamente por ser mulher;.

Dilma associou à crítica a ela como uma manifestação machista. ;É um texto muito baixo, que reproduz um tipo perverso. (sic) Para dizer que quando uma mulher está sob pressão costuma perder o controle. Ninguém nunca pergunta para um homem: ;você esta sob pressão? Você sta sob controle?;, indagou. ;A revista levantou duas hipóteses. Então a mulher só tem duas hipóteses ou ela é autista ou descontrolada;, ironizou, reforçando respeitar e sensibilizar com os autistas.

;Eu enfrentei um câncer que me debilitou. Eu sempre disse: enfrenta que você supera. Eu estou enfrentando desde a minha eleição essa vontade de forças. (sic)

Eu não perco o controle, não perco o eixo, não perco a esperança. Me acostumei a lutar por mim e pelo que eu amo. Amo minha família, amo meu país, amo meu povo;.

Dilma pediu o fim das pautas bombas no Congresso para o país voltar a crescer. ;Respeito ao voto, o fim das pautas bombas do congresso, pautas que não contribuem para o país, com a retomada do desenvolvimento econômico, a preservação de todos os direitos conquistados e a necessária e imprescindível e urgente reforma política. Esse é o pacto que busco. Trabalhar para superar a crise, voltar a crescer e agir para entregar ao meu sucessor um Brasil muito melhor no dia 1; de janeiro de 2019;. A presidente ainda defendeu poder trabalhar com o ex-presidente Lula. A decisão do Supremo Tribunal Federal ficou apara semana que vem.