O relator do processo de impeachment na comissão especial da Câmara, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), disse que documentos da delação premiada feita pelo senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) não foram considerados como fundamento para a elaboração do relatório. No entanto, ele observou que o Senado, se a denúncia chegar lá, poderá admitir a delação e outras provas que possam ser geradas.
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A delação havia sido retirada pelo presidente da comissão, Rogério Rosso (PSD-DF), sob alegação de que ela não estava na denúncia original. Até a notificação da presidente Dilma Rousseff, o documento não constava nas denúncias. Com receito de que o governo levasse o caso à Justiça, atrasando ainda mais o processo, Rosso retirou as denúncias de Delcídio.
Arantes ainda negou o pedido da defesa para que anule a audiência de esclarecimento da denúncia, que contou com a participação dos denunciantes. Segundo ele, essa audiência com os autores do pedido de impeachment não prejudicou a denunciada. "Os denunciantes foram convidados a comparecer a esta Casa não porque a peça inicial fosse omissa, contraditória ou obscura, mas para prestar esclarecimentos no sentido de apresentar a denúncia oralmente aos deputados", justificou. Diante dessa avaliação, ele negou o pedido da defesa de novo prazo para rebater as falas dos denunciantes.