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Politica

Morte de Celso Daniel é apurada como possível motivo de repasse

Investigadores ainda querem saber a real razão de Ronan Maria Pinto, preso hoje, conseguir R$ 6 milhões do PT a partir de uma operação financeira envolvendo o banco Schahin, o pecuarista José Carlos Bumlai e a Petrobras

O assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel (PT) é uma das linhas de investigação do Ministério Público para saber qual o motivo de o empresário de transporte e de Ronan Maria Pinto ter recebido R$ 5,7 milhões do PT por meio de um empréstimo envolvendo o Banco Schahin, o pecuarista José Carlos Bumlai e a Petrobras. De acordo com depoimento do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, o empresário queria comprar ; e assim fez ; o jornal Diário do Grande ABC porque ele divulgava notícias vinculando-o à morte do prefeito. Ronan foi condenado por esquema de corrupção no sistema de transporte entre 1999 e 2001, quando Daniel dirigia a cidade.



A outra metade teve Ronan como ;beneficiário final;. Dos R$ 6 milhões restante, foram pagos R$ 300 mil como comissão a operadores. E R$ 5,7 milhões ficaram com o empresário. Ele recebeu os recursos em sua empresa, a Expresso Santo André, e em contas de pessoas e pessoas jurídicas indicadas por ele. Um dessas pessoas era o dono do jornal Diário do Grande ABC, que, àquela época, vendia-lhe o controle acionário do veículo de comunicação. Para receber os valores, Ronan se valeu de uma empresa do Rio de Janeiro. Mattos diz que isso configura lavagem de dinheiro.

Sílvio Pereira recebeu cerca de R$ 500 mil da empreiteira OAS, de acordo com o procurador. Esses valores, suspeita-se, tinham origem em contratos da Petrobras. Mattos disse que Pereira, que teve o processo do mensalão suspenso sob condição de não voltar a praticar crimes, retomou atividade ilícita descumprindo seu acordo com a Procuradoria Geral da República.

Delúbio foi conduzido a depor porque foi citado por Bumlai e dois sócios do banco Schahin, Salim Schin e Sandro Tordin, como participante da negociação para fazer o empréstimo simulado em 2004. Já o jornalista Breno Altman foi levado pelos federais porque Enivaldo Quadrado, condenado no mensalão, disse que ele lhe pagou uma multa imposta pelo Supremo Tribunal Federal com cerca de R$ 145 mil em dinheiro vivo. O repasse é considerado suspeito porque foi forjado um empréstimo e não há informações sobre a origem dos recursos.