Lisboa ; Com a experiência de ter vivido dois golpes militares: o de 1964, no Brasil; e o de 1973, no Chile, o senador José Serra (PSDB-SP) faz um alerta: ;Se os militares tivessem poder como antes, já teria havido uma militarização no país;. A análise foi feita durante palestra no seminário luso-brasileiro de direito na Universidade de Lisboa, onde Serra fez uma reflexão sobre os 30 anos de democracia ininterrupta no Brasil, colocando como ponto merecedor de destaque do período justamente a ausência do que chamou de ;fator militar;: ;Nos últimos 30 anos, esteve ausente e, se Deus quiser, vai continuar ausente;, disse Serra.
O aplauso a Viana poderia parecer aos desavisados que ele estava diante de uma plateia majoritariamente favorável à permanência da presidente Dilma Rousseff no poder. Mas bastou o senador Aécio Neves dizer que não era possível ;o país dar um salvo-conduto aos crimes de responsabilidade cometidos pela presidente da Republica;, o auditório veio abaixo. Ao responder a Viana, o presidente do PSDB afirmou ainda que ;um tempo na oposição fará bem ao PT para renovar seus valores;.
Ele concluiu sua fala dizendo que, no dia da eleição, em 2014, conhecido o resultado, telefonou para a presidente Dilma Rousseff para lhe dar o parabéns pela vitória e se colocar à disposição para o dialogo. ;Disse a ela que, numa eleição tão radicalizada, ela teria a missão de unir o país. A resposta não foi a que eu esperava, foi a arrogância e a falsa impressão de um sentimento de que tinha vencido com um amplo apoio da sociedade. Hoje, o resultado é uma presidente sitiada no Planalto;, disse Aécio, ovacionado pelo auditório.
Do lado de fora, um grupo de 40 pessoas, entre estudantes, militantes do PT e da confederação geral dos trabalhadores portugueses, fez uma manifestação em favor da presidente Dilma Rousseff com cartazes e um megafone.