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Marquito exonera chefe de gabinete e nega acusações na Câmara

O Ministério Público Estadual (MPE) abriu investigação contra Marquito, por suspeita de que funcionários que trabalham no gabinete dele são obrigados a devolver parte dos salários para o parlamentar


O vereador Marco Antônio Ricciardelli, o Marquito (PTB), fez um pronunciamento de quatro minutos no plenário da Câmara Municipal para se defender da acusação de desvio de dinheiro do salário de funcionários. Ele disse que vai exonerar a chefe de gabinete para apurar "com mais isenção os fatos". Marquito deixará o mandato de vereador por causa da volta de Jean Madeira (PRB), que estava ocupando cargo de secretário de Esporte do governo Geraldo Alckmin (PSDB).

"Como era de se esperar, de forma precipitada e midiática, lançaram ao público de forma espetacular fazendo crer para as pessoas que eu certamente estaria envolvido nessa suposta maracutaia", criticou Marquito.



O Ministério Público Estadual (MPE) abriu investigação contra Marquito, por suspeita de que funcionários que trabalham no gabinete dele são obrigados a devolver parte dos salários para o parlamentar.

"Quero dizer, vossas excelências, que desconheço por completo qualquer repasse de dízimo por parte de meus funcionários e, diante dessas graves acusações, lhes informar que já estou tomando todas as providências no sentido de apurar a responsabilidade das pessoas que porventura tenham participado dessa conduta ilegal. Para tanto, sem qualquer juízo de valores, estou exonerando de suas funções minha chefia de gabinete para que se possa apurar com mais isenção os fatos que atingem a minha honra e reputação", disse na Câmara.

O vereador ainda defendeu sua postura na Câmara durante o mandato: "quero ressaltar às vossas excelências que nesse ano de convivência nessa casa nunca transgredi nenhuma lei, nunca dei motivos a ninguém que pudesse evidenciar qualquer falha de caráter. Sempre honrei o mandato assumido com intuito de dar o melhor de mim a meus eleitores e aos munícipes, trabalhando honestamente como um vereador que até hoje sou", disse.

"E quero dizer a todos, eu fiz esse pronunciamento porque estou com a minha vida aberta. Minha vida é um livro aberto. Deixo isso na mão de Deus porque eu sei o que é, eu sei da minha reputação. Quem quiser saber mais, por favor, a lei vai ser feita", finalizou.