O juiz da Lava-Jato no Paraná, Sérgio Moro, determinou neste sábado (26/3) a soltura de nove presos que foram detidos temporariamente na Operação Xepa. No despacho, o magistrado disse que "é provável" remessa da lista de políticos com foro privilegiado relacionados a planilhas da Odebrecht com codinomes e valores para o Supremo Tribunal Federal.
Os detidos que serão soltos hoje tinham sido presos por apenas cinco dias. Eles eram funcionários da Odebrecht e operadores envolvidos em esquema de contabilidade paralela da empreiteira que fazia pagamentos em dinheiro vivo a pessoas identificadas com codinomes. O juiz proibiu as nove pessoas de deixarem o país e determinou a entrega de seus passaportes em três dias.
Na Operação Acarajé, relacionada à Xepa, a Polícia Federal encontrou dezenas de planilhas em endereços do executivo da Odebrecht Benedicto Barbosa Júnior, nas quais políticos eram relacionados a apelidos e a pagamentos. Parte desses valores não consta na prestação de contas dos candidatos à Justiça, como revelou a edição de sexta-feira do Correio.
Segundo Moro, ele aguarda parecer do Ministério Público para decidir sobre o envio dos dois casos ao STF na segunda-feira. "A cautela, porém, recomenda? , porém, que a questão seja submetida desde logo" ao Supremo, disse o juiz