Passava pouco das 13h do último domingo (13/03) quando o repórter do Correio Braziliense João Valadares clicou em Ipanema o diretor de Finanças do Flamengo, Claudio Pracownik, a caminho do protesto acompanhado da mulher e dos filhos. Com a família, estava também uma babá, negra, que empurrava o carrinho com as crianças.
Em questão de instantes, a imagem viralizou. Apenas no Facebook do próprio Correio, foram mais de 12,6 mil curtidas. A sequência de fotos foi visualizada 788 mil vezes, somando os dois posts sobre o tema. No Twitter do jornal, duas postagens da foto renderam 11.900 visualizações, transformando-se num sucesso instantâneo.
[VIDEO1]
[VIDEO2]
Ao longo de toda a tarde do domingo de protestos, a imagem foi utilizada tanto pelos manifestantes anti-governo quanto por simpatizantes do PT para gerar memes, mostrando uma internet tão dividida quanto o país.
Depois que a foto viralizou, Pracownik usou uma rede social para se defender. Disse que a babá só trabalha aos fins de semana e que tem a carteira assinada. "Na manifestação, ela está usando sua roupa de trabalho e com dignidade ganhando seu dinheiro. Ela é, no entanto, livre para pedir demissão se achar que prefere outra ocupação ou empregador", comentou.
O desabafo do executivo foi mais combustível para a guerra virtual travada entre os dois lados em mensagens de WhatsApp e redes sociais. O Flamengo detém um dos patrocínios mais caros de um órgão do governo federal, a Caixa Econômica. O banco estatal paga R$ 30 milhões ao ano para estampar a logomarca no uniforme do rubro-negro.