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Dilma diz que não existe hipótese de ministro da Fazenda deixar o cargo

A presidente também negou o enfraquecimento do ministro e disse que críticas são normais

A presidente Dilma Rousseff rechaçou, nesta sexta-feira (11/3) a tese de que o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, está enfraquecido e disse que ele não deixará o cargo. "Essa questão de estar perguntando se o ministro está firme no cargo é um processo que é inequivocamente de enfraquecimento do ministro. O ministro não esta enfraquecido, não existe esta hipótese (de ele deixar o cargo) e críticas são normais", afirmou.

Dilma disse que acha que "essa onda de boatos cria crise política absolutamente negativa para economia". "E nós temos todas as condições de fazer a retomada da economia", afirmou.

Questionada se ainda acredita que o governo conseguirá aprovar a reforma da Previdência neste primeiro semestre, a presidente disse que o governo está "fazendo uma avaliação apurada sobre isso" e destacou que tanto a reforma previdenciária como a aprovação da CPMF "são questões complexas, com dificuldades".

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Em relação às críticas do PT às medidas econômicas, Dilma disse que não se "pode ser Joãozinho do passo certo", sem flexibilidade. "Temos de ver com as diferentes forças politicas como as coisas se darão", afirmou.

Ontem, Barbosa esteve com a cúpula petista e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo, para explicar as medidas econômicas do governo e tentar diminuir a resistência do partido as reformas. Na saída do encontro, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse que o ministro recebeu de forma bastante "compreensiva" as críticas de sindicalistas e petistas à política econômica do governo Dilma.

A proposta da reforma Previdenciária, defendida por Barbosa e rechaçada por petistas e sindicalistas, foi um dos temas do encontro.

Ministério da Justiça

A presidente Dilma evitou comentar o futuro da pasta da Justiça, após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou que o novo ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva, terá que deixar a carreira de procurador do Estado da Bahia para assumir o cargo. "Eu não posso fazer isso, eu não discuto ministros. Decisão do Supremo eu não acho, eu cumpro", afirmou.

Questionada se pediria para que Wellington ficasse no cargo, Dilma disse que pedirá a ele que decida de acordo com suas convicções. "Ele tem 25 anos de Ministério Público, não cabe a mim fazer nenhum apelo, eu não posso prejudicá-lo", afirmou.

Wellington César tomou posse na semana passada. Pela decisão do Supremo, ele terá 20 dias para decidir se deixa o cargo para assumir o ministério. A presidente também se negou a dizer se já teria outros nomes caso o ministro resolva não continuar no cargo. "Eu não vou discutir, não adianta. Isso é casca de banana", afirmou aos jornalistas.