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Oposição quer reunião com Lewandowski para acelerar pedido de impeachment

A declaração de Delcídio Amaral sobre a delação premiada, também será acrescentada ao processo

Líderes da oposição vão tentar se reunir com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, ainda hoje (7/03) para pedir celeridade na decisão sobre a comissão especial que vai julgar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A Corte havia se pronunciado no final do ano passado contra a composição da comissão por chapas avulsas ; não indicadas pelos líderes de cada partido ; e declarando que esta decisão tem que ser tomada por voto aberto.

;O Supremo tomou uma decisão equivocada. É possível que haja uma releitura;, disse o líder do PPS, Rubens Bueno (PR).

Contrários à continuidade do governo Dilma, PPS, ao lado de DEM e PSDB, vão pedir que o STF responda os embargos apresentados pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pedindo esclarecimentos sobre o rito.

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A oposição ainda quer acrescentar ao processo a reportagem, divulgada semana passada pela revista IstoÉ, de que o senador Delcídio Amaral (PT-MS), ex-líder do governo, fez delação premiada e teria dito que a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras. Bueno disse que este aditivo não vai atrasar o andamento do impeachment. Líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM), disse que mesmo que o depoimento não seja homologado pela Justiça, ;a oposição vai entrar com um pedido de investigação;. Ele lembrou que os partidos contrários ao governo fecharam questão e vão obstruir as votações na Casa até que a comissão que vai analisar o pedido de impeachment seja instalada.

Críticas

Em evento hoje (7), em Caxias do Sul (RS), a presidenta Dilma Rousseff que parte da oposição está dividindo o país. Ao rebater as declarações da presidenta, Avelino disse que o papel da oposição é de fiscalização do governo. ;Somos a minoria. Não fomos eleitos para governar o país. Nosso papel é fiscalizar. Ela [Dilma] e o governo dela não têm propostas sérias;.

Requerimento

A Mesa Diretora da Câmara já recebeu o requerimento, assinado por Rubens Bueno, que pede esclarecimentos sobre custos da viagem de Dilma a São Bernardo do Campo (SP) para visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último sábado (5). O requerimento deve encaminhar até o final do dia para Casa Civil da Presidência da República. ;Pedimos esclarecimentos sobre custos da viagem, aparato de servidores que a acompanharam, o deslocamento de helicóptero para depois pedir na Justiça o ressarcimento desses gastos;, argumentou o parlamentar.

Dilma viajou em jato da Força Aérea Brasileira acompanhada pelo ministro Jaques Wagner (Casa Civil) para prestar solidariedade a Lula, que no dia anterior foi levado coercitivamente para prestar depoimento à Polícia Federal sobre investigações da Lava Jato. No encontro, Lula e Dilma apareceram na varanda do apartamento de Lula, em São Bernardo do Campo, e cumprimentaram apoiadores que se aglomeraram em frente ao prédio. ;Foi o abraço dos afogados;, disse Bueno.

Em relação ao pedido de esclarecimentos, a assessoria da Presidência da República informou que "por imposição de segurança, todo o deslocamento da presidenta Dilma Rousseff precisa ser feito por meio do avião presidencial. Também por questões de segurança, se necessário o uso de helicóptero, será o helicóptero militar"