Jornal Correio Braziliense

Politica

Senador Ricardo Ferraço pede apuração da PGR sobre Dilma

'Presidente tem de ser investigada por crimes delatados por Delcídio', defende tucano


Cristão novo no PSDB, onde filiou-se na terça-feira passada, o senador Ricardo Ferraço (ES) acha que a condução coercitiva do ex-presidente Lula e as denúncias feitas pelo senador Delcídio do Amaral aumentam a pressão pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. ;Ela perdeu a real condição de governar nosso país, por falta de legitimidade e credibilidade;. Ele defendeu o estabelecimento de uma agenda pós-Dilma para tirar o país ;da maior crise de sua história;. E lembra que a presidente não está sob risco por causa da incompetência, mas pelas denúncias que pesam contra o governo dela. Ferraço também acha ser ruim para a Câmara ter um presidente no banco dos réus e defende que, caso o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também seja denunciado pelo STF, ele se afaste para tratar da defesa. Veja a seguir os principais trechos da entrevista exclusiva ao Correio:

Como o senhor classifica a condução coercitiva do Lula e os desdobramentos para a política daqui por diante?
Primeiro, é preciso entender que a ação da Polícia Federal foi cumprindo uma determinação do juiz Sérgio Moro. Se ele tomou uma decisão como essa, é porque deve ter fundamento. De todas as decisões tomadas pelo juiz Sérgio Moro, apenas 3% foram revisadas pelo STF. Evidentemente, este processo não termina aqui.

Estamos diante do começo do fim do governo?
O senador Delcídio do Amaral, que era, até bem pouco tempo, o líder do governo, o interlocutor da presidente da República aqui no Senado, responsabiliza diretamente a presidente da República por uma série de crimes. Não há outro caminho, que não a Procuradoria-Geral da República, e o próprio STF, investigarem Dilma Rousseff.

Não há como dissociar PT e Planalto da Lava-Jato?

O que nós estamos vendo é a revelação da estratégia de sequestro e captura do patrimônio público brasileiro, como se ele pertencesse ao PT e aos seus aliados, incluindo a presidente Dilma, que autorizou a compra de Pasadena.

Aumenta a pressão pelo impeachment?

Dilma perdeu a condição de governar nosso país, por falta de legitimidade e credibilidade. O governo viveu na sexta um dia de pânico, e os mercados e os agentes econômicos reagiram positivamente, porque eles entendem que a antecipação do fim do governo da Dilma é uma luz no fim do túnel. Já se deve pensar numa agenda pós-Dilma.

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