A defesa do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para adiar a análise da denúncia contra ele no âmbito da operação Lava-Jato. O julgamento está marcado para amanhã. Ontem, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo a abertura de um terceiro inquérito contra Cunha. Desta vez, as acusações estão ligadas à liberação de verbas do fundo de investimentos do FGTS para o projeto Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. O consórcio responsável pela obra é formado pela Odebrecht, OAS e Carioca engenharia.
Já em resposta a um pedido da defesa de Cunha no Conselho de Ética da Câmara, o ministro do STF Luís Roberto Barroso negou ontem mandado de segurança sobre o afastamento do presidente do colegiado, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA). Os advogados pediam que o processo por quebra de decoro do peemedebista não avançasse até o Conselho julgar questão de ordem que alega impedimento de Araújo na condução do caso. ;O procedimento destinado a apurar a ocorrência ou não de quebra de decoro parlamentar, para fins de cassação de mandato, também tem natureza eminentemente política, não podendo ser equiparado a um processo judicial ou administrativo comum, pelo que não se mostra aplicável o regime legal de suspeições e impedimentos;, escreveu Barroso.
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