Durante a festa dos 36 anos do Partido dos Trabalhadores (PT), realizada neste sábado (27/2) no Rio de Janeiro, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva subiu ao palco e fez um discurso contra a perseguição ao partido e convocou a militância para apoiar a Dilma e tirar o país da crise. Lula disse ainda que "se o Brasil precisar, serei presidente em 2018". Neste momento, o público gritou: "Não vai ter golpe".
Segundo o ex-presidente, o Partido dos Trabalhadores passou 12 anos no poder e fez mais que qualquer outro partido. "Eles passaram 400 anos mandando no país. E, nós, em 12 anos, fizemos muito mais do que eles", afirmou. Ele não poupou críticas à mídia, principalmente à TV Globo. "A Globo insiste que tenho um apartamento. Quero saber quem é que vai me dar esse maldito apartamento. Quando terminarem esse processo, vão me dar um apartamento e uma chácara", disse.
"É preciso que todos tenham um julgamento decente e a Constituição seja respeitada. Não há razão para a gente ter medo ou andar com a cabeça abaixada. Se quiserem me derrotar, não vão fazer isso mentindo. Vão ter que me enfrentar na rua", explicou Lula. Ao fim do discurso, o ex-presidente disse que não vai ter mais "Lulinha Paz e Amor". "Vai ser pão pão, queijo queijo. Vai ser outra coisa daqui para frente", afirmou.
Logo em seguida, os participantes cantaram parabéns para o Partido dos Trabalhadores e cortaram um bolo.