Mandados
Estão em cumprimento 51 mandados de prisão preventiva e temporária, busca e apreensão, condução coercitiva e bloqueio de ativos, para aprofundar a investigação de possíveis crimes de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro oriundo de desvios da Petrobras. A força-tarefa da Operação Lava Jato encontrou evidências de que a Odebrecht, por meio de contas ocultas no exterior em nome das offshores Klienfeld e Innovation transferiram US$ 3 milhões para a conta em nome da offshore panamenha Shellbill Finance SA, que seria propina oriunda da Petrobras transferida aos publicitários João Santana e Mônica Moura em benefício do Partido dos Trabalhadores. Os valores foram repassados entre 13 de maio de 2012 e 8 de março de 2013.
As duas offshores ligadas a Odebrecht já eram alvo da Lava Jato por pagarem propinas para os ex-diretores da Petrobrás Renato Duque (Serviços, ligado ao PT), Paulo Roberto Costa (Abastecimento, ligado ao PP), Jorge Zelada (Internacional, ligado ao PMDB) e Nestor Cerveró (Internacional, ligado ao PMDB). Segundo a força-tarefa da Lava Jato, o avanço das investigações revelou ainda "novas provas do possível envolvimento de Marcelo Odebrecht em novos crimes graves, e de que tinha controle sobre os pagamentos feitos no exterior por meio de offshores, as quais ele geria por intermédio de pessoas a ele subordinadas e ligadas, direta ou indiretamente, à empresa".
Em sua 23; fase, a Lava Jato encontrou também indícios de que a conta da Klienfeld "foi usada não só para pagar propinas para autoridades brasileiras, mas também em favor de autoridade argentina". Por isso, foram decretadas novas buscas na sede da Odebrecht.