Os advogados da empreiteira Odebrecht defenderam hoje (10/2), na Justiça Federal em Curitiba, a ilegalidade das provas que foram enviadas à força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) que atua nas investigações da Operação Lava-Jato. Para a defesa, os documentos, que estavam em poder do Ministério Público da Suíça, não podem ser utilizados nas investigações pelo fato de a Justiça suíça reconhecer que ocorreram erros procedimentais no repasse dos dados por parte das autoridades suíças.
A manifestação dos advogados da empreiteira foi enviada ao juiz Sérgio Moro, da 13; Vara Federal em Curitiba, na manhã de hoje, antes da decisão do magistrado que autorizou a utilização das provas.
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Para a defesa, os documentos devem ser retirados do processo, por terem chegado ilegalmente à força-tarefa, por meio de acordo de cooperação do Ministério Público brasileiro com o MP Suíço. Em janeiro, a Justiça da Suíça entendeu que as informações foram repassadas ilegalmente, no entanto, não determinou que os documentos sejam devolvidos pelas autoridades brasileiras.
A empreiteira recorreu para impedir que o Ministério Público brasileiro utilize os dados financeiros para embasar as investigações da Lava-Jato envolvendo a empresa. De acordo com as investigações, os dados revelam supostos valores indevidos que eram pagos em contas operadas pelo ex-diretores da Petrobras na Suíça, por meio de empresas offshore controladas pela Odebrecht.