O processo que determinou, no mês passado, a cassação do governador do Amazonas, José Melo (Pros), e do vice-governador, Henrique Oliveira (SD), é um dos poucos a caminhar na Justiça Eleitoral. Em 25 de janeiro, por cinco votos a um, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) condenou os políticos por compra de votos e desvio de recursos públicos para a campanha eleitoral. Cabe recurso da decisão. Além de Melo, 12 chefes de Executivo estadual tiveram os mandatos questionados na Justiça eleitoral. Só duas ações estão concluídas ; em Rondônia e Mato Grosso. A maioria ainda está na primeira instância.
Agora em janeiro, ação que pede a cassação do mandato do governador do Amapá também andou no TRE-AP. A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) ajuizou quatro denúncias pedindo a cassação de Waldez Góes (PDT) por uso indevido dos meios de comunicação, compra de votos, abuso de poder econômico e político na campanha de 2014. Em 21 de janeiro, o pleno julgou a ação improcedente. Ainda em prazo recursal, a PRE-AP irá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O resto dos processos caminha a passos tímidos. Em Goiás, à frente do Executivo pela quarta vez, o tucano Marconi Perillo está prestes a se livrar de mais um processo na Justiça Eleitoral. Em abril do ano passado, o TRE-GO absolveu o governador, por unanimidade, em uma ação que pedia a cassação do mandato por abuso de poder econômico e propaganda eleitoral irregular. Diante de um recurso da coligação adversária no TSE, o pleno manteve o entendimento da instância inferior em dezembro. Entretanto, o acórdão ainda não foi publicado, o que impede a entrada de recurso.
"Não há nada que justifique a demora. Muitas vezes, essas pessoas que supostamente cometeram ilícitos para conquistar votos terminam o mandato antes de serem julgadas;Luciano Santos, diretor do Movimento de Combate à Corrupção EleitoralA matéria completa está disponível
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