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Delator de Dirceu diz que pegou R$ 600 mil 'na casa' de Silvinho Pereira

um trecho do interrogatório, o juiz Moro questionou o delator sobre Silvinho e a distribuição de propinas

O lobista e empresário ligado ao PT Fernando Moura vai incluir em sua delação premiada, ainda em curso, outros nomes supostamente relacionados ao ex-secretário geral do PT Silvinho Pereira. Em seu depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, na quarta-feira (3/2) Moura atribuiu a Silvinho participação na montagem do esquema de indicações para as diretorias estratégicas da Petrobras, no início de 2003, e na distribuição de propinas a empresários e dirigentes da estatal petrolífera. Em um trecho do interrogatório, o juiz Moro questionou o delator sobre Silvinho e a distribuição de propinas:

"E para o sr. Silvio, (ele) também recebia esses pagamentos? Uma parte para ele?", indagou o juiz da Operação Lava-Jato.

"Com certeza", respondeu Fernando Moura.

"Por que o sr. diz isso?", insistiu o magistrado.

"Porque uma oportunidade peguei 600 mil reais na casa do Silvio que ele tinha recebido da GDK e me pediu para entregar para uma outra pessoa", disse o empresário delator.

"Quem seria?", perguntou Sérgio Moro.

"Seria o André Bittar."

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"Quem é André Bittar?"

"Não consta ainda da minha delação, era um amigo do Silvio."

Mais adiante, o juiz voltou a questionar o delator sobre a origem dos R$ 600 mil.

"Esses 600 mil que o sr. mencionou o que era?"

"Ele (Silvinho) falou que tinha recebido do César da GDK."

"Em decorrência de algum contrato da PetrobrAs?", perguntou o juiz.

"Eu não sei, não posso informar o sr."

A reportagem não conseguiu contato com Silvinho Pereira nem com a GDK. A defesa de Fernando Moura não atendeu ligação do JORNAL "o Estado de S. Paulo".