Jornal Correio Braziliense

Politica

Aliado de Cunha promete debater impeachment se ganhar liderança do PMDB

Hugo Motta tem buscado apoio do Palácio do Planalto em sua campanha



Comissão Especial
A ideia da ala pró-impeachment é "cobrar a fatura" depois da eleição. A primeira cobrança deve vir durante a escolha dos membros da Comissão Especial do impeachment na Câmara. O PMDB terá direito a oito integrantes. O discurso agora é de que as duas alas serão contempladas. Mas há expectativa de que, se Motta for eleito, a maioria dos escolhidos seja favorável à saída de Dilma.

Mesmo com oito vagas, o posicionamento do PMDB é relevante porque outros partidos da base costumam seguir a legenda em suas decisões. O número de votos para Leonardo Picciani e Motta é impreciso. Enquanto aliados de Motta dizem que ele tem 15 votos a mais que Picciani e que esta vantagem pode chegar a 18, o grupo que apoia o atual líder aponta que ele já tem um total de 36 votos dos 67 da bancada e pode chegar a 42. O governo aposta na vitória de Picciani. Um dos ministros indicados pelo peemedebista, o titular da Saúde, Marcelo Castro, pode até retomar seu mandato de deputado federal pelo Piauí para garantir mais um voto para o atual líder.

Articulação
Apesar do recesso parlamentar, tanto Motta quanto Picciani passam a maior parte dos dias em Brasília em conversas pessoais e por telefone, tanto com peemedebistas quanto com líderes e presidentes de outras legendas em busca de apoio. Os candidatos também têm feito viagens pelo país. Picciani esteve em Minas Gerais na semana passada. O Estado, cuja bancada de sete deputados está dividida, foi visitado por Motta no fim de semana. Hugo Motta deve ter reuniões nesta semana em Santa Catarina (seis deputados) e Rio Grande do Sul (cinco). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo