[SAIBAMAIS]A grandiosidade do trabalho de investigação, que envolve a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal, está desenhada em seus números. Desde o início da Operação Lava-Jato, iniciada em março do ano passado, já foram instaurados 941 procedimentos para investigação. E, pela primeira vez de forma sistemática, presos ; entre eles executivos, políticos e poderosos empresário e doleiros ; decidiram colaborar com a Justiça. Já são 35 delações premiadas num total de mais de 100 detentos preventivamente e temporários.
Com base em documentos e também nos depoimentos dos colaboradores, o resultado foi a acusação criminal contra 173 pessoas, por meio de 35 denúncias. Até agora, já foram 75 condenações, que totalizam 628 anos, 5 meses e 15 dias de pena, pelos crimes de corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Em relação aos réus com foro privilegiado, tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) 28 inquéritos em razão do pagamento de propina a agentes políticos, a partir da delação premiada do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
De recorde em recorde, a Operação Lava-Jato merece destaque também no bilionário valor pago em propinas: R$ 6,4 bilhões. Desse total, R$ 1,8 milhão foram recuperado em razão dos acordos de colaboração, sendo que outros R$ 2,4 bilhões retornaram por meio de bens bloqueados. Voltou ainda do exterior o montante de R$ 654 milhões. As multas também garantiram um reforço para o caixa do país com o pagamento de R$ 14,5 bilhões por apenas 24 pessoas e 13 empresas, relacionadas em cinco denúncias criminais.