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Após operação da PF, Cunha mantém agenda e reunião com líderes

Segundo interlocutores da Câmara e a assessoria de imprensa, Cunha está tranquilo

Tentando manter um clima de "normalidade", o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) participa, nesta tarde de terça-feira (15/12) de almoço habitual com líderes de partidos, antes da reunião na Casa para a definição da pauta da semana. Nesta manhã, a Operação Catilinárias cumpriu 53 mandados de busca e apreensão em residências de vários políticos, incluindo as de Cunha, em Brasília e no Rio de Janeiro. A Polícia Federal também executou buscas no Congresso Nacional.



Mandados
As buscas foram autorizadas pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Foram nove mandados para o Distrito Federal, 15 em São Paulo, 14 no Rio de Janeiro, seis no Pará, quatro em Pernambuco, dois no Alagoas, dois no Ceará e um no Rio Grande do Norte.

As medidas decorrem de representações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal nas investigações que tramitam no Supremo. Elas têm como objetivo principal evitar que provas importantes sejam destruídas pelos investigados. Segundo a PF, foram autorizadas apreensões de bens que possivelmente foram adquiridos pela prática criminosa. Os investigados, na medida de suas participações, respondem a crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa, entre outros.

Corrupção
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Eduardo Cunha é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro pela PGR nas investigações da Operação Lava-Jato. Beneficiado dos desvios da Petrobras, segundo dois delatores, ele teria recebido US$ 5 milhões em propina de contratos de navios-sondas. De acordo com a investigação, CUnha também teria lucrado com negócio fechado pela Petrobras na África, que teria abastecido contas no exterior mantidas por Cunha e familiares na Suíça. Ele foi denunciado pela PGR ao Supremo há cerca de quatro meses. No entanto, o STF ainda não decidiu se acolhe ou não as denúncias.

Nome da operação
O nome Catilinárias, escolhido pela PF para a operação de hoje, é uma menção a uma série de quatro discursos célebres do cônsul romano Cícero contra o senador Catilina.