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Dilma diz que está tranquila e que não cometeu nenhum ato ilícito

A presidente disse que espera "integral confiança" do vice-presidente Michel Temer



A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (5) que não há fundamento para o processo de impeachment aberto pela Câmara dos Deputados.

"Nós estamos tranquilos. Por que estamos tranquilos? Porque não existe fundamento para o meu processo de impeachment, já repeti várias vezes. Não cometi nenhum ato ilícito, não usei indevidamente o dinheiro público, não usei o dinheiro público para contemplar meus interesses, não tem nenhum recurso que recebi de qualquer processo que não seja o meu trabalho ou a minha família, nunca depositei dinheiro na Suíça", reforçou a presidenta em entrevista a jornalistas no Recife, logo após reunião para tratar de medidas de combate ao mosquito Aedes aegypti.

Dilma disse que espera "integral confiança" do vice-presidente Michel Temer. "E tenho certeza que ele a dará", completou a presidenta. "Ao longo desse tempo eu desenvolvi a minha relação com ele e conheço o Temer como pessoa, como político e como grande constitucionalista", afirmou.

A presidenta comentou também a possível saída de Eliseu Padilha da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República. "Eu me esforcei bastante durante a reforma ministerial para manter o Padilha no governo", disse. "Eu ainda não sei se o ministro Padilha tomou uma decisão definitiva porque ele não conversou comigo. Eu aguardo, eu não tomo uma posição sobre coisas que eu não consigo entender inteiramente. Quando eu entender, eu digo o que eu penso".

Ontem (4), o ex-deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) informou que o ministro Eliseu Padilha deverá deixar a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República nos próximos dias. Segundo ele, o ministro ;já entregou a sua carta de demissão;.

Dilma chegou nesta manhã ao Recife, onde discutiu os planos de combate ao mosquito transmissor da dengue, chikungunya e vírus Zika. A reunião foi no Comando Militar do Leste e contou com a presença de autoridades do estado e dos ministros da Saúde, Marcelo Castro, e da Integração Nacional, Gilberto Occhi.