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Cacareco, Mosquito e Macaco Tião: casos inusitados da votação manual

Com a votação em cédulas, o Brasil já viu um rinoceronte conquistar 100 mil votos, um chimpanzé chegar aos 400 mil e um "prefeito mosquito" vencer as eleições municipais



Burro, cachorro e cientista
O Brasil não foi o único a protagonizar candidatos bizarros durante as eleições. Nas eleições de 2012, um grupo de ao menos 40 pessoas tentou emplacar a candidatura de um burro como vereador da cidade de Guayaguil, no Equador. O Senhor Burro chegou a desfilar nas ruas da região, mas, obviamente, sua candidatura foi oficialmente negada pela Justiça Eleitoral.

Nos Estados Unidos, um cachorro da raça Bull Terrier, chamado de Satchel, concorreu ao cargo de presidente do país. A primeira-dama? Uma galinha chamada Mãe Poulet. O caso rendeu repercussão internacional. A intenção foi alertar a população quanto à pouca atenção dada pelo governo à proteção dos animais.

Não só os bichos protagonizaram os casos inusitados. O icônico cientista Charles Darwin foi utilizado pela população do estado de Georgia como protesto contra a candidatura de Paul Broun. Cerca de 4 mil eleitores votaram em Darwin para ocupar a cadeira do Congresso norte-americano. O candidato falso, entretanto, não chegou nem perto do oponente, que ganhou cerca de 250 mil votos.

Falta de verba no TSE
Por falta de dinheiro, as eleições municipais de 2016 serão realizadas manualmente. É a primeira vez que isso acontecerá desde 2000, quando todo o eleitorado brasileiro começou a votar eletronicamente. A informação de que o contingenciamento impedirá eleições eletrônicas foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de segunda-feira (30/11).


[SAIBAMAIS]Por meio de nota, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que mais de R$ 428 milhões deixarão de ser repassados para a Justiça Eleitoral, "o que prejudica a compra e manutenção de equipamentos necessários para as eleições de 2016".

A portaria afirma ainda que ficam indisponíveis para empenho e movimentação financeira um total de R$ 1,7 bilhão para STF (R$ 53,2 milhões), STJ (R$ 73,3 milhões), Justiça Federal (R$ 555 milhões), Justiça Militar da União (R$ 14,9 milhões), Justiça Eleitoral (R$ 428,9 milhões), Justiça do Trabalho (R$ 423 milhões), Justiça do Distrito Federal (R$ 63 milhões) e Conselho Nacional de Justiça (R$ 131 milhões).