O governo inicia hoje um mês delicado na relação direta com o principal aliado, o PMDB. Na Câmara, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (RJ), mesmo acuado com as denúncias de corrupção que pesam contra ele no âmbito das investigações da Operação Lava-Jato, promete dar celeridade aos pedidos de impeachment apresentados pelos partidos de oposição. Além disso, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) marcou para a segunda quinzena do mês a sessão do Congresso que analisará a manutenção ou derrubada dos vetos presidenciais, em uma série de projetos que compõem a chamada pauta bomba, entre eles, o reajuste médio de 59,5% para os servidores do Judiciário. No mesmo dia, apesar dos esforços do vice-presidente Michel Temer, o PMDB fará um congresso da legenda no qual a ala oposicionista ao Planalto pretende engrossar o discurso pelo desembarque imediato do governo.
O relator do projeto e o presidente da comissão especial, José Mentor (PT-SP), devem se encontrar hoje com o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS). O petista foi relator da matéria que chegou a ser colocada na pauta de votações do Senado, mas não prosperou por falta de acordo e acabou sendo incorporada às propostas em tramitação na Câmara. Segundo o líder do DEM na Casa, Mendonça Filho (PE), não há hipótese do partido ; bem como o conjunto de legendas de oposição ; votar a favor da iniciativa. ;O texto que será analisado está muito ruim, além de estimular a lavagem de dinheiro;, acusou Mendonça. ;Vamos apresentar destaques para dirimir quaisquer dúvidas sobre essa questão;, declarou o vice-líder do PT, Paulo Teixeira (SP).
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