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Politica

Resolução do PT defende mudanças na política econômica para governabilidade

O documento defende que a recuperação fiscal deve ser encaminhada por meio de medidas que aumentem a tributação sobre a renda, a riqueza e a propriedade dos extratos mais abastados da sociedade

Proposta de resolução política preparada pela ala majoritária do PT defende mudanças na atual política econômica do governo da presidente Dilma Rousseff. No documento, eles afirmam que a mudança é ponto chave para "derrotar a escalada golpista, isolar a oposição de direita e recuperar as condições plenas de governabilidade". O documento ainda será discutido na reunião do Diretório Nacional do partido nesta quinta-feira, 29, e poderá sofrer alterações.

[SAIBAMAIS]Na proposta, o partido afirma que mudanças na política econômica podem "reagrupar as forças populares e democráticas" ao redor de um "programa de desenvolvimento sustentado pela expansão do mercado interno, pela ampliação dos investimentos estatais, pela defesa do emprego e a majoração contínua da renda dos trabalhadores". "Cortes nos gastos sociais ou nos investimentos públicos, posição defendida por porta-vozes do capital financeiro, são incapazes de enfrentar o problema central dos cofres estatais", diz o texto.

O documento defende que a recuperação fiscal deve ser encaminhada por meio de medidas que aumentem a tributação sobre a renda, a riqueza e a propriedade dos extratos mais abastados da sociedade. "Ao mesmo tempo em que o governo reduza seus gastos financeiros, através do rebaixamento paulatino da taxa de juros", acrescenta. Na proposta, o Diretório Nacional diz considerar "extremamente positiva" a proposta de recriação da CPMF.



No texto, o Diretório elogia documento da Fundação Perseu Abramo que defende mudanças na política econômica. "A direção partidária também saúda, por retomar a melhor tradição do debate econômico e colaborar para enfrentar a dominância do pensamento conservador, o documento ;Por um Brasil Justo e Democrático;, elaborado sob a coordenação da Fundação Perseu Abramo e outras entidades", afirma. Em nenhum trecho o documento cita o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.