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Pizzolato deve ficar em regime fechado na Papuda até junho de 2016

Dois anos após fugir da condenação do Supremo Tribunal Federal por corrupção, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil é trazido de volta para o Brasil, que vai cobrar dele as despesas com sua extradição. Progressão de regime poderá ser pedida daqui a oito meses

Depois de dois anos, o Brasil conseguiu colocar o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato em uma prisão no país. É o fim de uma busca pelo último réu condenado do mensalão, esquema, que segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), envolvia pagamentos de propina para compra de apoio de parlamentares no Congresso no início do primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

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Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses de cadeia por corrupção, desvio e lavagem de dinheiro, mas fugiu para a Itália. Só nesta sexta-feira (23/10), ele foi encarcerado numa cela do Complexo Penitenciário da Papuda. Se tiver bom comportamento, deve ficar detido em regime fechado até junho do ano que vem. Mas antes deverá pagar a conta da fuga, estimada em mais de R$ 650 mil aproximadamente. A Procuradoria-Geral da República ainda vai denunciar Pizzolato por outros crimes de lavagem de dinheiro e por uso de documentos falsos.

O ex-diretor do BB estava foragido desde setembro de 2013, no ano seguinte à sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas foi extraditado após um longo processo judicial na Itália.

O réu saiu de Milão anteontem, às 21h locais. Desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), na sexta-feira pela manhã, por volta das 6h, em voo comercial. Para Brasília, veio em avião da Polícia Federal e chegou por volta de 8h50.

O condenado fez exames no Instituto Médico Legal (IML) e passou na Superintendência da Polícia Federal, no Setor Policial Sul. O trajeto terminou no Complexo Penitenciário da Papuda. Lá ele, dormirá na ala de ;vulneráveis;, onde estão pessoas idosos e de baixa periculosidade. A escolta até o presídio tinha 12 policiais e três patrulhas, uma delas blindada.

Novo processo
Ontem, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que vai abrir outro processo contra Pizzolato por lavagem de dinheiro no Rio de Janeiro. O motivo, segundo apurou o Correio, é uma operação vinculada ao mensalão, mas que corre em segredo de Justiça. Além disso, o Ministério Público quer processá-lo por uso de documento falso, porque ele fugiu do país em 2013 utilizando o nome do irmão Celso, que faleceu em 1978. Mas, para abrir essas novas acusações, será preciso autorização do da Itália, porque Pizzolato é cidadão italiano e esse fato não foi relatado no pedido de extradição.

Depois da fuga, ele só ficou solto por alguns meses intercalados. No total, o petista passou 17 meses e quatro dias preso em cadeias italianas, enquanto aguardava julgamento de seus muitos recursos contra sua extradição e o andamento do processo a que respondia lá por uso de documentos falsos. Com isso, Pizzolato pode sair do regime fechado em 23 de junho de 2016. Para isso, basta ter bom comportamento. A Procuradoria-Geral da República pretende impor como condição o pagamento das despesas que o governo teve com sua captura.

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