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Politica

MST apoia opinião do presidente nacional do PT sobre política econômica

Rui Falcão também recebe apoio de outras lideranças sindicais

Lideranças de movimentos sociais manifestaram apoio a Rui Falcão, presidente nacional do PT, em suas falas recentes por mudanças na política econômica do governo federal. "Estamos com Rui", disse João Paulo Rodrigues, líder do MST, ao deixar o prédio do Instituto Lula, na capital paulista.

Além de representantes do MST, lideranças sindicais e petistas participaram de um encontro com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, no instituto do ex-presidente. Segundo Rodrigues, o ministro se mostrou bastante seguro e defendeu o ajuste fiscal durante a apresentação que durou cerca de uma hora e meia.

"Ele esclareceu dúvidas, o que foi muito bom. Coisas que saem na imprensa, como corte de 60% (no orçamento) da reforma agrária. Ele explicou que contingenciamento não é necessariamente corte", relatou. Enquanto o ministro Joaquim Levy, da Fazenda, vem sofrendo um processo de "fritura" entre petistas e até mesmo por parte do ex-presidente Lula, Barbosa mantém uma interlocução próxima com os principais líderes do partido.



Acompanharam a palestra feita por ele nesta segunda-feira (19/10), o presidente nacional do PT, Rui Falcão, o dirigente estadual, Emídio de Souza, o presidente municipal da legenda, vereador Paulo Fiorillo, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, o líder do MST, Gilmar Mauro, Rafael Marques, do sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o deputado federal petista Arlindo Chinaglia, dentre outros

Rodrigues disse que Barbosa foi questionado, no instituto, sobre cortes a programas sociais, como Minha Casa, Minha Vida e Bolsa Família. "Ele disse que está havendo uma ;readequação; dos programas, para poder manter os programas", afirmou. Ontem, em entrevista publicada pela Folha de S. Paulo, Falcão afirmou que a retomada do crescimento do Brasil depende de mudanças na política econômica, como o aumento na oferta de crédito.

Ele disse ainda que Levy deveria deixar o cargo se discordar de medidas nessa direção. Em Estocolmo, na Suécia, a presidente Dilma Rousseff reagiu à pressão pela derrubada de seu ministro da Fazenda. "Ele (Levy) não está saindo do governo. Ponto", declarou a presidente.