O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que não deve se pronunciar nesta quarta-feira (14/10) sobre os quatro pedidos de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, que ainda restam para análise. O peemedebista quer se concentrar nos próximos dias no agravo regimental que será apresentado contra as decisões dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que barraram o andamento das ações de afastamento de Dilma promovidas pela oposição na Casa.
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Cunha passou a manhã reunido com técnicos discutindo o recurso e disse que pretende entrar com a ação até sexta-feira. "Tem de fazer uma peça bem feita, tem que ser atento aos detalhes. Às vezes fazer uma coisa açodada, no mesmo dia, você pode pecar por detalhes que podem fazer falta", declarou. O peemedebista entende que as decisões não interferem em seu direito constitucional de acolher ou indeferir os pedidos.
Na terça-feira (13/10) os ministros Teori Zavascki e Rosa Weber acolheram dois mandados de segurança e uma reclamação apresentados por deputados da base governista questionando as regras criadas por Cunha para abrir o processo contra Dilma.
Ao responder a uma questão de ordem do deputado Mendonça Filho (DEM-PE), Cunha havia definido um prazo de cinco sessões para a análise de recurso no caso do indeferimento de um pedido de impeachment. As decisões provisórias do Supremo obrigaram a oposição a rever as estratégias montadas até então para abreviar o mandato da petista.
O peemedebista disse nesta quarta-feira que é preciso que o pleno do STF se pronuncie logo sobre o rito processual da abertura de processo de afastamento da presidente da República. "Não pode levar tempo para se definir", afirmou.