Documentos obtidos pelo Estado confirmam iniciativas para tentar impedir a transmissão de dados relacionados à Operação Lava-Jato ao Brasil. No dia 15 de julho, os juízes federais suíços Stephan Bl;ttler, Patrick Robert-Nicoud e Nathalie Zufferey Franciolli, do Tribunal Federal Suíço, derrubaram uma ação de pelo menos três pessoas de reverter o congelamento de suas contas.
[SAIBAMAIS]Os nomes não foram revelados. Os juízes federais suíços fazem referências à Petrobrás e à Lava-Jato. Eles utilizam a letra D para se referir ao nome da empresa brasileira sob investigação. "Várias pessoas dentro da empresa ;D;, de suas filiais assim como partidos políticos e empresas com relação com a ;D; são alvos de uma investigação", garantiu o julgamento. "Entre as pessoas está ;E; e seus dois filhos. ;F; e ;A; também são alvos da enquete brasileira", confirma o documento.
Uma vez mais, as letras se referem a indivíduos sob suspeita, mas não representam suas iniciais. Eles tentaram impedir o congelamento de seus ativos na Suíça, sem sucesso. Também em julho, os juízes federais suíços derrubaram mais um recurso de duas pessoas que acionaram a Justiça contra o bloqueio de seus bens, relacionados com a Lava-Jato.
A investigação havia sido aberta em 4 de setembro de 2014 por lavagem de dinheiro. "No mesmo dia, foi solicitado ao banco D. SA de Genebra a produção da totalidade da documentação bancária relativa a conta n.; 1 aberta no nome de A. Corp, tendo B. como detentora de direitos econômicos", indicou o documento. As letras D, A e B se referem a pessoas e empresas cujos nomes ainda não podem ser revelados. Mas não se referem a suas iniciais.
No dia 2 de março de 2015, tanto a A.Corp como B. "formaram um recurso", que acabaria sendo derrubado. (As informações são do jornal O Estado de S.Paulo)