De acordo com Wagner, o governo considera a decisão do TCU uma "batalha que está virada". Segundo ele, o foco do Palácio do Planalto se volta agora para a decisão que será tomada no Congresso.
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Na reunião da presidente com sua nova equipe, o Advogado-Geral da União, Luís Inácio Adams, se dispôs a elaborar para cada ministro um roteiro de perguntas e respostas sobre as contas de Dilma de 2014. O dirigente da Casa Civil disse ainda que o objetivo do governo é homogeneizar os pontos de vista sobre as contas de 2014.
"Os ministros Luis Inácio Adams e Nelson Barbosa relataram o episódio de ontem do TCU e esclareceram os pontos de vista da nossa defesa em relação às contas de 2014, para informar a todos os ministros a importância do trabalho agora na Comissão Mista de Orçamento", disse.
Sobre a possibilidade de um impeachment, o dirigente da Casa Civil ressaltou que não acredita que o parecer do TCU seja utilizado como prova para um pedido de afastamento da presidente "Uma ferramenta tão nobre como o impeachment não pode ser uma disputa política", disse.
Para Wagner, a relação do Palácio do Planalto com o Congresso é totalmente diferente da relação com o TCU e qualquer outro tribunal. Wagner afirmou que a expectativa de relação do Palácio com o Congresso é extremamente positiva.
Sobre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que reabriu nesta semana o processo que pode cassar a chapa de Dilma e seu vice Michel Temer, Wagner afirmou que o objetivo do tribunal é buscar esclarecimentos, o que não significa derrota para o governo. "Alguns já ficam torcendo para antecipar o mérito. Alguns começam a comemorar o que não foi decidido", afirmou.
A falta de quórum na sessão para apreciação dos vetos ontem também foi abordada durante o encontro dos ministros. "(Ação de) ontem foi considerada como processo de acomodação", ressaltou o ministro da Casa Civil. Segundo Wagner, o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, fez apelo no sentido da rapidez do que foi pactuado.
Ainda de acordo o ministro, a presidente reafirmou o pedido de atenção de cada ministro para o que acontece na reunião ministerial semanal. "A presidente disse que a agenda principal é da economia e do crescimento e, por isso, é necessário um esforço para aprovar a pauta", ressaltou. De acordo com Wagner, antes de embarcar para a Colômbia, Dilma pediu que os novos ministros continuem com os programas iniciados em gestões anteriores.