Ela ainda não escolheu quem será o relator para as contas. "Neste caso, eu não posso errar sobre a escolha do relator", enfatizou, completando que define o julgamento das contas na Comissão Mista de Orçamento como "técnico". A senadora disse que vai pensar muito no perfil do relator. "Não existe ninguém neutro nesta Casa. É um perfil de uma pessoa que tenha conhecimento suficiente de questões econômicas e que tenha a capacidade de dialogar com a comissão", definiu. "Não podemos errar que o julgamento de uma conta de um presidente será eminentemente político", afirmou.
[SAIBAMAIS] A senadora disse que tem muito apreço pela democracia e que sabe que o governo vai usar todos os instrumentos que tem para se defender. Com relação a uma possível contaminação política do julgamento realizado pelo TCU, Rose de Freitas disse que não tem essa visão. "Se em algum momento ele se contamina pelo cenário político, ele não poderá auxiliar. Eu não acredito (em contaminação política)", disse.
A presidente da CMO disse ainda que não é muito afeita a pressões. "Minha maneira de agir é democraticamente." "Eu não temo pressão, não gostaria de fazer aqui arroubos corajosos. É óbvio que todo mundo sabe que o TCU votou pela unanimidade", completou. Ela reconheceu que a grande luta do governo pela aprovação das contas será mesmo no Congresso Nacional, pois o julgamento das contas será realizado em sessão do Congresso. Ela lembrou ainda que a questão tomou conta da opinião pública, mas que não espera recurso do governo questionando o julgamento das contas no Congresso. "Não cabe aqui certas manobras", disse.