A nomeação do deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) para o Ministério da Saúde é a ponta mais visível de uma guerra que será travada por petistas e peemedebistas pelo segundo escalão da pasta mais cobiçada da Esplanada. Para 2016, o orçamento previsto é de R$ 109,4 bilhões, segundo levantamento feito pela ONG Contas Abertas. Deste total, R$ 102 bilhões serão destinados ao Fundo Nacional da Saúde, responsável pela irrigação dos recursos federais para estados e municípios.
É justamente esse montante ; que representa 93% de todos os recursos orçamentários do setor ; que garante a ;capilaridade da pasta;, palavra frisada por uma liderança peemedebista. Os petistas sentiram o golpe e expressaram a insatisfação pela perda do Ministério da Saúde para o PMDB. As queixas foram explicitadas na última segunda-feira, durante reunião da bancada de senadores do partido com o novo ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini. A principal queixa era que, ao longo de cinco anos e meio em que o PMDB comandou a Saúde ; com Saraiva Felipe, José Agenor Álvares da Silva e José Gomes Temporão ;, a pasta retrocedeu nas políticas para o setor.
O choro é livre, mas os efeitos são pouco práticos. Ficou acertado que o Ministério da Saúde foi entregue de ;porteira fechada;, uma prática pouco comum nos governos do PT. O PRB de George Hilton, por exemplo, queixa-se com frequência disso. ;De que adianta ter o ministério se o segundo escalão é todo ocupado por comunistas?;, protesta ele, numa alusão explícita aos cargos ocupados por integrantes do PCdoB.
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