Líderes da oposição da Câmara dos Deputados se reuniram no final da manhã de hoje (20/9) com o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, para pedir que ele atue em uma solução em favor do financiamento privado de campanha. A presidente Dilma Rousseff vetou ontem trecho do projeto de lei aprovado pelo Congresso que permite doações de empresas.
Os parlamentares querem que o presidente do Senado, Renan Calheiros, inclua nas votações de hoje do plenário da Casa a Proposta de Emenda a Constituição (PEC) da reforma política. Outra opção é incluir o veto de ontem na lista de vetos a serem apreciados na sessão conjunta de hoje.
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A decisão da presidente vai ao encontro do entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que definiu o financiamento privado como inconstitucional. O julgamento foi encerrado após o Congresso aprovar um projeto de lei na direção contrária.
Na avaliação do deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), líder da oposição na Câmara, a PEC seria a melhor opção. "Dá uma solução definitiva. A PEC estabiliza o processo. Chama o Supremo a ter que resolver sob outro prisma. Isso dá estabilidade ao sistema no nosso entendimento", afirmou, ao sair da reunião com Temer. De acordo com ele, o vice telefone para Renan e pediu que os recebesse agora para tratar do tema. Estiveram presentes no encontro líderes do PSDB, Solidariedade, PPS e DEM.
Temer também se mostrou favorável a aprovação da PEC , por considerar uma decisão mais segura juridicamente. ;A presidente vetou (o projeto de lei) tendo em face a inconstitucionalidade;, afirmou. De acordo com ele, Dilma avaliou a constitucionalidade e não o conteúdo em si. O líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), acusou a petista de tomar uma decisão política. ;A presidente Dilma tem uma posição que é ideológica, partidária, contra o financiamento de campanha;, criticou.