Durante reunião do conselho de administração da Petrobras, realizada no úlitmo dia 14, o representante dos petroleiros no colegiado, Deyvid Bacelar, criticou a forma como Nelson Carvalho foi escolhido para presidir o conselho. "Seria prudente, no mínimo, uma reunião presencial extraordinária com os conselheiros para estressar os fatos e, num segundo momento, permitir uma votação mais amadurecida de todo o processo".
Bacelar se absteve de votar na reunião que decidiu pela nomeação de Carvalho para presidir o conselho da Petrobras. Em sua declaração de voto, detalhada na ata da reunião do conselho, divulgada na noite de quarta-feira (23/9) Bacelar afirma que as decisões sobre o futuro da empresa "permanecem centralizadas e capitaneadas por um pequeno grupo de gestores que, na maior parte dos casos, não buscam compreender todas dimensões dos impactos oriundos de tais decisões."
O conselheiro afirma ainda que "embora não haja nenhuma contrariedade em relação ao professor Nelson Carvalho, parece ser importante entender as razões para sua indicação".
A reunião serviu também para aprovar as licenças de Murilo Ferreira, então presidente do conselho, e seu suplente Clovis Torres Junior. Em relação a Ferreira, Bacelar declara que Ferreira "foi muito prudente em seu voto com relação à abertura de capital da BR Distribuidora e que o presidente do conselho poderia ajudar o colegiado na condução da mudança na estrutura organizacional da Petrobras".
Bacelar e Ferreira votaram contra o IPO da BR Distribuidora, conforme ata da reunião realizada em agosto. À época, Ferreira defendeu que era necessário contratar profissionais para colocar em prática um novo plano de negócios e gestão da BR, antes de colocá-la à venda. Bacelar afirmou que o momento não era propício para a venda, e defendeu melhoras na governança da empresa e a formação de joint ventures para maximizar alguns negócios.
Sobre Clovis Torres, Bacelar registrou que o conselheiro "tem dado auxílios ao conselho nas reuniões".