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Cunha dava palavra final na Diretoria Internacional da Petrobras, diz Vaz

Já são dois delatores da operação relacionando o presidente da Câmara à Diretoria Internacional da Petrobras



Eduardo Musa é réu na mesma ação em que Zelada também foi denunciado. Os dois e João Augusto Henriques são acusados de dividir a propina US$ 31 milhões da empresa chinesa TMT para beneficiar a sociedade americana Vantage Drilling ne afretamento do navio-sonda Titanium Explorer pela Petrobras.

Em sua delação, o ex-gerente da estatal afirmou que tomou conhecimento diretamente das propinas na Petrobras em 2006 e confirmou que João Augusto Henriques "era um lobista ligado ao PMDB que mantinha influência na área internacional e de engenharia da Petrobras, e possivelmente também na área de Exploração e Produção."

Ainda segundo Musa, o lobista mantinha influência não apenas no diretor da área Internacional, mas em outros executivos da Diretoria como Sócrates José, assistente de Zelada e até o gerente da área Internacional para a América Latina, José Carlos Amigo.

Os novos depoimentos reforçam as suspeitas do investigadores contra o operador do PMDB no esquema, preso nesta semana pela Lava-Jato e cuja empresa Tren Empreendimentos recebeu pelo menos R$ 20,2 milhões de empresas do cartel que fatiava obras na Petrobras, pagando propinas a agentes públicos, partidos e políticos.

João Henriques é o segundo lobista do PMDB preso na Lava-Jato. Em novembro de 2014, na Juízo Final, 7; desdobramento da operação, Fernando "Baiano" Soares foi detido preventivamente. Ele também decidiu colaborar com as investigações.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) vem negando veementemente o envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.

Defesa:

A assessoria de imprensa do partido negou todas as acusações e disse que a sigla nunca autorizou quem quer que seja a ser intermediário do partido para arrecadar recursos