O líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), evitou comentar o possível aumento de alíquotas de impostos, sem que haja a necessidade de aprovação do Congresso, mas admitiu que "parece muito claro que medidas para o fechamento das contas (Orçamento de 2016) terão de ser tomadas" pelo governo ou pelo Parlamento. "Vamos aguardar a proposta surgir de fato, pois o governo não falou oficialmente conosco e não dá para comentar caso abstrato", disse Picciani ao deixar a reunião com o vice-presidente da República Michel Temer (PMDB), ministros e deputados da base aliada para discutirem a pauta da Câmara.
Segundo ele, o único projeto que tem impacto fiscal na pauta desta semana é o que regulamenta a Medida Provisória (MP) que alterou as regras do seguro-desemprego. "Mas o governo vai atuar também, observar antes os projetos que estão em comissões antes que cheguem ao plenário", disse. "Medidas que têm impacto fiscal não devem ser apreciadas pelo Congresso antes de o Orçamento ser discutido e saber o tamanho desse Orçamento para o ano que vem", concluiu o líder do PMDB.
Além de Picciani e Temer, participaram do encontro os ministros Aloizio Mercadante, da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Aviação Civil, com quem Temer divide a articulação política, os deputados José Guimarães (PT-CE), líder do governo, Ságuas Moraes (PT-MT), Rubens Junior (PCdoB-MA), Cacá Leão (PP-BA), José Rocha (PR-BA) e Hugo Leal (Pros-RJ).