Manifestantes pró-impeachment picharam ainda neste domingo (6/9) o muro colocado na Esplanada dos Ministérios para proteger a presidente Dilma Roussef durante o desfile da Independência. Os dizeres "Muro da vergonha", ;Intervenção militar já; e ;Art. 142 e 144 C.F.; estão localizados de frente para o Congresso Nacional, entre os Ministérios. Os artigos citados fazem referência à autoridades das Forças Armadas Brasileiras e à manutenção da ordem pública.
A colocada do muro repercutiu nas redes sociais como ;o muro da vergonha;. No Twitter, internautas criticaram a ação do governo e o mandato de Dilma: ;não podemos negar que Dilma Rousseff construiu uma das suas maiores obras: o muro da vergonha...#PanelacoNoMuroDeAco; e ;o muro da vergonha de Berlin Oriental caiu em novembro 1989. O nosso foi construído em setembro de 2015. #PanelaçoNoMuroDeAço;.
Manifestações
Além do tradicional desfile, a cerimônia do 193; Dia da Independência deverá ser marcada por protestos espalhados por todo o país. Os movimentos que defendem o impeachment de Dilma prometem levar um boneco inflável de Lula, que ficou conhecido como Pixuleco, para a Esplanada. Existe a expectativa de que, desta vez, seja levado também um boneco da presidente.
Mesmo com a mais baixa popularidade na história recente de um presidente da República, haverá também atos em prol de Dilma. Ainda assim, trarão críticas à política econômica vigente, impedindo-a de escapar de reclamações de ambos os lados. A Polícia Militar reforçará a segurança durante as manifestações.
Para evitar um novo panelaço, Dilma não fará pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão. Assim como ocorreu no Primeiro de Maio, no Dia do Trabalho, a mensagem presidencial será divulgada apenas na internet.
Cerca de 25 mil pessoas são esperadas no desfile de 7 de setembro, prevista para começar às 9h. A cerimônia terá duração de uma hora e trinta minutos e celebra a Independência do País, proclamada em 1822.