O presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou que a sabatina do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve ocorrer com normalidade, apesar de alguns senadores estarem sendo investigados por determinação do Ministério Público Federal (MPF). Os parlamentares decidem amanhã na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) se Janot cumprirá mais um mandato no cargo.
;Acho que a maior demonstração que o Senado pode dar de ação nesse caso é fazer uma apreciação da indicação com normalidade, com respeito;, afirmou Renan. De acordo com ele, o funcionamento adequado das instituições no Brasil é um fator fundamental para sustentar a decisão de amanhã. Denunciado pelo MPF na semana passada, o senador Ferndo Collor de Mello (PTB-AL) participará da sabatina. Ontem ele criticou duramente Janot durante discurso na tribuna do Senado.
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Apesar de ter sido o mais votado dentro da Procuradoria Geral da República (PGR) e indicado pela presidente Dilma Rousseff, Janot precisa ainda da aprovação dos senadores. Renan se comprometeu a levar o tema para o plenário assim que a votação na CCJ for concluída. ;Amanhã mesmo nós vamos levar a indicação para o plenário do Senado Federal, conforme a indicação do calendário com o qual eu já havia estabelecido;, disse. Janot precisa de 41 votos dos 81 senadores para continuar no cargo.
Reforma ministerial
Sobre o corte de dez dos 39 ministérios anunciado ontem pelo governo, o presidente do Senado elogiou a medida para contribuição com o ajuste fiscal, mas disse que deveria ter sido feita ante. ;Eu acho que é uma boa iniciativa da presidente e isso poderia ter sido feito lá atrás. Eu fundamentalmente defendo o corte de ministérios, o corte de cargos em comissão e a reforma do Estado para garantir mais eficiência na máquina pública;, afirmou.