Jornal Correio Braziliense

Politica

Propina no Ministério do Planejamento foi paga até o mês passado

Foram identificados pagamentos irregulares para a viúva de um ex-secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento

A Polícia Federal informou que a 18; fase da Operação Lava-Jato, desencadeada na manhã desta quinta-feira (13/8), aponta que o ex-vereador petista de Americana Alexandre Romano indicava empresas de fachada e escritórios de advocacia para receberem propina do esquema de corrupção detectado no Ministério do Planejamento. O suborno foi pago de 2010 até o mês passado. Foram identificados pagamentos irregulares para a viúva de um ex-secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento.

[SAIBAMAIS]

Os policiais atestam que ela abriu uma empresa de eventos a pedido do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso durante a operação. O delegado Márcio Anselmo comunicou que os valores desviados de contratos de créditos consignado do ministério chegam a R$ 52 milhões. Os investigadores afirmam que Romano desempenhava um papel semelhante ao do lobista Milton Pascowitch. Romano indicava as contas para a propina ser depositada. Em muitos casos, o dinheiro iria para suas próprias empresas de fachada ou para advogados que não prestavam nenhum serviço. Os policiais identificaram que os pagamentos indevidos eram feitos por empresas do grupo Consist.



A Pixuleco 2 cumpriu um mandado de prisão e 10 de busca e apreensão. Romano foi preso no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Os policiais realizaram buscas em quatro escritórios de advocacia: dois em Curitiba, um em Porto Alegre e outro em São Paulo.