A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES, na Câmara dos Deputados, aprovou nesta terça-feira (11/8) o plano de trabalho apresentado pelo relator, deputado José Rocha (PR-BA), sem que constasse no documento convite ao economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, que presidiu o banco entre os anos de 1995 e 1998, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
Rocha havia inserido Mendonça de Barros entre os nomes que poderiam ser convidados ou convocados. Mas essa ideia foi alvo de questionamentos de parlamentares de oposição, que acusaram o deputado de estar politizando os trabalhos ao tentar ampliar o escopo para o período anterior aos governos petistas. A CPI do BNDES foi criada para investigar contratos do banco entre 2003 e 2015.
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No plano aprovado consta ainda proposta de requerimentos de convite ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, e de convocações a ex-presidentes e diretores que ocuparam cargos no BNDES entre 2003 e 2015, entre eles Guido Mantega (ex-ministro da Fazenda). Os requerimentos ainda serão apreciados pelos membros da comissão.
Ao aceitar a retirada do nome de Mendonça de Barros do plano de ação, o deputado José Rocha ressaltou que não estava descartada a apresentação de um requerimento para que ele seja convidado na qualidade de "economista".
Coutinho
A participação do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, na CPI que apura supostas irregularidades em empréstimos feitos pelo banco entre os anos de 2003 e 2015 ficou marcada para a quinta-feira da próxima semana, dia 20 de agosto. O convite foi aprovado no início da tarde de hoje, por unanimidade, na primeira sessão da comissão. Coutinho encaminhou ofício colocando-se à disposição para prestar qualquer esclarecimento.