O ex-ministro José Dirceu, apontado pela força-tarefa da Lava-Jato como um dos mentores do esquema de corrupção na Petrobras, só deve deixar Brasília às 14h desta terça-feira (4/3). A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação da PF. Dirceu será recebido na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Não será necessário realização do exame de corpo de delito porque o procedimento já foi feito em Brasília. O petista, acusado de receber propina enquanto estava preso em decorrência da condenação no chamado processo do mensalão, só deve ser ouvido na próxima semana. Nesta manhã, uma advogada do ex-ministro entregou a agentes da PF em Curitiba um travesseiro e roupas de cama e banho. A defensora preferiu não falar com a imprensa. A expectativa é de que o ex-ministro chegue à Supertintendência da PF às 16h, em um avião próprio da PF.
[SAIBAMAIS]Os demais presos, que chegaram ontem em Curitiba, saíram da carceragem da PF às 10h30 em direção ao Instituto de Medicina Legal (IML) para realização do exame de corpo de delito. A expectativa é de que <--[if gte mso 9]><[endif]-->Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão de Dirceu, Roberto Marques, Olavo Hourneaux de Moura Filho, Júlio Cesar dos Santos e Pablo Alejandro Kipersmit, presos temporariamente, comecem a ser ouvidos ainda na tarde de hoje. A prisão tem um prazo de cinco dias prorrogável pelo mesmo período.
Preso na 17; fase da Lava-Jato, Dirceu cumpre no Distrito Federal prisão domiciliar em razão da condenação por corrupção ativa no mensalão. Ontem, o juiz Sérgio Moro, da 13; Vara Federal Criminal em Curitiba, responsável pela Lava- Jato, solicitou ao STF a transferência. "Como as investigações e processos tramitam em Curitiba, seria importante, contudo, a sua remoção para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba", escreveu o juiz.
A defesa de Dirceu tentou evitar a transferência do ex-ministro, alegando que é "totalmente desnecessário" levá-lo para o Paraná. O criminalista Roberto Podval, que defende o ex-ministro, afirmou que Dirceu se dispôs a prestar esclarecimentos a Moro sobre suposto envolvimento na Lava-Jato e que, na ocasião, um delegado de polícia disse que não era necessário o deslocamento.