O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou há pouco que, durante reunião do vice-presidente Michel Temer e líderes partidários da base aliada na Câmara, foi pedido para que os partidos não votem matérias que tenham impacto sobre as contas públicas, a chamada "pauta bomba" do Congresso.
De acordo com Guimarães, foi solicitado que a proposta que trata da remuneração do FGTS não seja votada agora e que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do aumento salarial para advogados públicos não seja aprovada. "Vamos trabalhar para que ela (remuneração do FGTS) não cause danos ao governo", disse Guimarães ao final do encontro, no Palácio do Jaburu, que durou cerca de três horas.
Guimarães disse que a reunião, que marca o retorno dos parlamentares após o recesso, foi tranquila e que o diagnóstico foi de que é preciso "buscar o caminho para pacificar a base". "Estabilizar a relação política é tudo que o País precisa", afirmou.
Ainda de acordo com o líder, não existe preocupação com relação à votação das contas do governo de 1992, 2002, 2006 e 2008, que foi pautada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Sobre o rompimento de Cunha com o governo, Guimarães contou que vem buscando diálogo com o peemedebista e que vê um horizonte de melhora na relação com o presidente da Câmara. "Acredito que não vai ter essa ruptura e que não vai trazer prejuízos ao País", disse.
Além de líderes da base, estavam presentes no encontro seis ministros: Aloizio Mercadante (Casa Civil), Gilberto Kassab (Cidades), Gilberto Occhi (Integração Nacional), Antônio Carlos Rodrigues (Transportes), Eliseu Padilha (Aviação Civil) e Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Alguns líderes partidários deixaram o encontro com Temer e seguiram para o Alvorada, onde participarão de jantar com a presidente Dilma Rousseff.