Os ministros Jaques Wagner (Defesa) e Gilberto Kassab (Cidades) afirmaram que os acontecimentos da operação Lava Jato não impactam a presidente Dilma Rousseff. O ex-ministro José Dirceu foi preso hoje, acusado de envolvimento nos desvios de recursos da Petrobras. De acordo com o procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, Dirceu foi o instituidor do esquema de corrupção instalado na estatal.
;Nós confiamos muito na conduta da presidente Dilma. Em nenhum momento passa por nós nenhuma expectativa de que se aproxime dela a investigação;, afirmou Kassab após reunião de coordenação política no Palácio do Planalto. Tanto ele quanto Wagner negaram, contudo, que o assunto tenha sido tratado no encontro com outros nove ministros. Na reunião também estavam o vice-presidente da República, Michel Temer, o líder do governo na Câmara dos Deputados, o deputado José Guimarães (PT-CE) e o líder do governo no Congresso Nacional, o senador José Pimentel (PT-CE).
Wagner reforçou que o governo não é contra a investigação. ;A sequência da apuração vai se dar até que ela chegue aos tribunais últimos e vai ter que ter um desfecho;. Ele reforçou, por sua vez, que a preocupação central do governo é em relação ao impacto da operação Lava Jato na economia. ;Nós precisamos ter dois canais paralelos. As investigações seguem, mas o país também segue, com suas empresas e economia funcionando. O ambiente é que a gente tem que tentar melhorar para poder estimular investidores e estimular a própria economia a crescer;, afirmou.
;A gente dorme e acorda sempre com uma notícia dessas. Então, do ponto de vista do ambiente empresarial, do ambiente de negócios, essa é a minha preocupação maior. Se precisamos de uma retomada, é necessário ter um grau de estabilidade para que os investimentos ocorram normalmente;, acrescentou o petista.