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Lava-Jato: Motta quer saber se CPI pode investigar Eletronuclear

É a primeira vez que a operação foi além da Petrobras e dos contratos com as empreiteiras e chegou ao setor elétrico

O presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), pediu aos assessores da Câmara que avaliem se a comissão pode investigar também a Eletronuclear, novo alvo da Operação Lava-Jato.

Na 16; fase da operação, a Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (28/7) o presidente licenciado da empresa, almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, e o presidente da Andrade Gutierrez Energia, Flávio David Barra.

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É a primeira vez que a operação foi além da Petrobras e dos contratos com as empreiteiras e chegou ao setor elétrico. O foco desta fase, chamada de Radioatividade, é a suspeita de corrupção em contratos para a construção da Usina Nuclear de Angra 3.

A dúvida de Motta é se o escopo da CPI está limitado regimentalmente ao esquema de corrupção na Petrobras, ao superfaturamento nas obras de refinarias no Brasil e à Sete Brasil.

Questionamento semelhante foi levantado pelo PT, quando no início dos trabalhos quis ampliar as investigações para o governo Fernando Henrique Cardoso, mas acabou esbarrando na ementa de criação da comissão, que restringia a atuação ao período de 2005 a 2015. "Temos de saber da possibilidade de adentrar em outra área ou não", disse Motta.