Os presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo, foram transferidos nesta manhã da superintendência da Polícia Federal para o Complexo Médico- Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curtiba (PR). Também foram transferidos outros seis presos na 14; fase da Operação Lava Jato, denominada ;Erga Omnes;.
Vídeo mostra o momento em que Otávio Azevedo deixa a Superintendência da PF:
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Os empreiteiros estavam presos desde 19 de junho e foram denunciados formalmente pelo Ministério Público Federal nesta sexta-feira por corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Os procuradores da Operação Lava-Jato pediram à 13; Vara Federal de Curitiba que eles o outros 20 réus sejam condenados a pagar R$ 7,252 bilhões em ressarcimento de danos causados à Petrobras. Eles negam os crimes.
[SAIBAMAIS]A transferência foi feita por volta das 10h. A mudança foi determinada pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pela condução dos processos da Lava Jato, a pedido da Polícia Federal, devido às condições de encarceramento.
Em seu despacho, Moro diz que ;a carceragem da Polícia Federal, apesar de suas relativas boas condições, não comporta, por seu espaço reduzido, a manutenção de número significativo de presos; e que a ;ala específica do Complexo Médico Penal disponibilizada pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná é local adequado para a acomodação dos presos no sistema prisional estadual, talvez até com melhores condições do que as da carceragem da Polícia Federal;.
Ala especial
De acordo com o diretor-geral do Complexo, Marcos Muller, todos passaram por uma revista e nenhum está machucado. Os oitos em três celas na ala especial e vão continuar juntos, a princípio, ;Vamos manter a mesma divisão em que estavam na superintendência da Polícia Federal para se ambientarem até segunda-feira pelo menos;, afirmou. As celas abrigam 3 detentos, o banho é coletivo e é permitida uma visita por semana, às sextas-feiras, entre 14h e 16h.
O complexo abriga outros oito envolvidos na Lava Jato. São eles o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, o lobista e operador de propinas do PMDB Fernando Antonio Falcão Soares, conhecido como Fernando Baiano, o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, Adir Assad e Mário Goes, acusados de operar o esquema de desvios na estatal. Também estão detidos no local os ex-deputados André Vargas (ex-PT), Pedro Corrêa (ex-PP) e Luiz Argôlo (ex-PP).