O vice-presidente do Brasil, Michel Temer, atribuiu a uma "inferência" da Polícia Federal a associação da sigla "MT" - que constaria de mensagens em um celular apreendido do presidente da Odebrecht, - a seu nome. "Esse MT pode ser tanta coisa, é uma sigla de muitos nomes e muitas instituições", disse na tarde desta terça-feira (21/7) a jornalistas logo após fazer uma palestra para investidores em Nova York, no qual foi questionado várias vezes, segundo participantes, sobre a situação política complicada no país.
"Não sei dizer porque atribuíram a mim. Eu não consigo entender e não tenho nenhuma relação com fatos delituosos", afirmou Temer destacando que "dezenas" de outras inicias também teriam aparecido nas mensagens. "Eu não tenho a menor ideia", disse Temer, afirmando que conhece o presidente da construtora, Marcelo Odebrecht. "Eu até nem sei se a Odebrecht colaborou com o PMDB. Várias empresas colaboraram, eu mandei verificar se colaborou", afirmou. "É uma inferência da Polícia Federal, não sei se legítima ou ilegítima", completou.
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Ainda na entrevista, questionado sobre a nova queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff, revelada hoje em pesquisa da CNT/MDA, que mostra a taxa de aprovação da dirigente em 7,7%, um novo recorde negativo, Temer afirmou que a baixa aprovação de governos é cíclica. "Vamos esperar o futuro."
Sobre a defesa da presidente Dilma Rousseff para as chamadas pedaladas fiscais, que tem que ser apresentada até esta quarta-feira, Temer disse que os documentos estão "juridicamente muito bem montados". Após os dois compromissos de hoje, Temer vai tirar uns dias de folga em Nova York antes de voltar para o Brasil.