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Ex-executivos da Camargo Corrêa são condenados na Lava-Jato

Eles foram condenados por corrupção, lavagem e pertinência à organização criminosa. Somente um pegou 15 anos de cadeia, ficará em casa por ter feito delação. Multas chegam a R$ 8,6 milhões

Eduardo Militão
postado em 20/07/2015 14:22

Ex-executivos da empreiteira Camargo Corrêa foram condenados nesta segunda-feira (20/7) por corrupção ativa, lavagem de dinheiro, pertinência a organização criminosa. Eles foram demitidos no mês passado, oito meses depois de serem presos na Operação Lava-Jato. O ex-presidente do conselho de administração da empreiteira, João Ricardo Auler, o ex-presidente da empresa, Dalton Avancini, e o ex-vice dele, Eduardo Hermelino Leite foram sentenciados pelo juiz da 13; Vara Federal de Curitiba, Sérgio Fernando Moro, responsável pelos processos criminais da Operação Lava-Jato. Eles pagarão R$ 8,6 milhões em multas.


A acusação sustenta que eles bancaram propinas para operadores e funcionários da Petrobras para obter contratos com a estatal, e ainda integram um cartel de empreiteiras que usou das mesmas estratégias. Avancini e Leite admitiram que a Camargo pagou R$ 110 milhões em subornos.

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Moro ainda condenou o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, que fizeram acordo de colaboração premiada e receberam benefícios de redução de pena, além de outros personagens do caso. Ele ainda absolveu o dono de uma fornecedora de tubos da Camargo Corrêa, a Sanko Sider, por entender que Márcio Bonilho ele não teve culpa específica no episódio.

O juiz concedeu benefícios da delação premiada aos executivos Avancini e Leite, que permanecerão em prisão domiciliar. Apesar de o executivo João Auler não ter sido condenado por lavagem, ele não fez delação premiada e acabou sofrendo uma pena maior. Ele foi condenado por Moro a 9 anos e meio de prisão em regime fechado e pagamento de R$ 627 mil de multa.

Avancini e Leite fecharam acordo de delação premiada e deverão pagar R$ 2,5 milhões e R$ 5,5 milhões respectivamente como multa e ressarcimento dos crimes cometidos. Eles continuarão em prisão domiciliar até 14 março de 2016 com uso de tornozeleira eletrônica.

Depois disso, ficarão em regime semi-aberto, com recolhimento domiciliar aos fins de semana e à noite por um período de dois anos a até seis anos. Nesse período, ainda prestão cinco horas semanais de serviços comunitários a uma entidade beneficente.

Depois, os dois cumprirão o resto de suas penas em regime aberto até de completarem o restante da pena. Avancini, por exemplo, tem 15 anos de pena para cumprir. O prazo começa a correr em novembro de 2014, quando ele foi preso pela primeira vez, e vai até 2028.

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