Jornal Correio Braziliense

Politica

Deputado do PMDB: sigla só sairá do governo se houver manifestação popular

O deputado Danilo Forte (PMDB-CE) defendeu a permanência de Cunha à frente da presidência da Câmara. Segundo Forte, não há motivação para ele deixar o cargo

Em meio à discussão sobre os rumos do PMDB após a declaração do integrante do partido e presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ) o deputado Danilo Forte (PMDB-CE) afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que o partido não sairá do governo se não houver uma manifestação popular a favor do movimento. O parlamentar, que votou em Cunha para a liderança do partido e para a presidência da Casa, não se disse arrependido sobre suas escolhas.



"O PMDB não sai do governo se não tiver manifestação popular. Teremos uma manifestação dia 16 de agosto e o partido só sairá do governo se o povo for para a rua. Agora nós vamos intensificar as discussões sobre esse assunto", afirmou.

Com relação às declarações dadas nesta sexta-feira, 17, pelo presidente da Câmara, que anunciou rompimento pessoal com o governo Dilma, Forte disse que Cunha amenizou sua fala após a movimentação interna do partido. "Inicialmente, ele iria realizar seu pronunciamento em nome do partido, mas conversamos com ele, transformando sua fala em uma declaração pessoal. Cunha sabe fazer o contraponto, mas não pode colocar uma decisão individual como se fosse coletiva."

O deputado defendeu a permanência de Cunha à frente da presidência da Câmara. Segundo Forte, não há motivação para ele deixar o cargo. "Tem que se respeitar a democracia. Ele foi eleito. Se a democracia não for respeitada, não fica ninguém em canto nenhum", afirmou.

Com relação ao posicionamento do vice-presidente Michel Temer, Forte disse que este representa o partido e é a liderança da legenda. "Nossa visão crítica é desde 2012 e o Temer nos ajuda muito. Nós não podemos despolitizar a base porque isso é ruim."

Questionado sobre as investigações da Lava Jato que acabaram envolvendo o nome de Eduardo Cunha, Forte argumentou que ninguém conhece o processo e defendeu o direito de defesa de todos.