O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse na tarde desta quarta-feira, 15, que nunca recebeu pressão da presidente Dilma Rousseff para interferir em qualquer investigação. Cardozo declarou aos deputados da CPI da Petrobras que o dia em que a presidente não o quiser no Ministério, ele sairá e ficará "na trincheira do cidadão comum".
O ministro comentou que a corrupção é um fenômeno histórico no Brasil, que começa no século 16. "O sistema político brasileiro é uma das principais causas da corrupção", concluiu.
Cardozo negou que encontro com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, e com a presidente Dilma na cidade do Porto, em Portugal, tenha sido para tratar da Operação Lava Jato. Segundo ele, o teor da conversa foi o reajuste do Judiciário e outros ministros do STF sabiam do jantar com a presidente. "Foi uma situação absolutamente pública", reforçou.
Sobre as críticas que vem sofrendo, o ministro respondeu: "Quem não quer sofrer ataques, que não entre na vida pública. Quem está na chuva é para se molhar".