O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB -AL) chegou ao Congresso, nesta terça-feira (14/7), num passo apertado, meio irritado, sem responder às perguntas dos jornalistas. Ele vinha de uma reunião com a presidente Dilma Roussef, no Palácio do Planalto e tem agora, reunião agendada com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Nessa segunda-feira (13/7) o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, delator da Operação Lava-Jato, declarou à Justiça Federal que Calheiros tinha "um representante" que negociou com ele o pagamento de propinas. Segundo Costa, o "representante" de Renan era o deputado Aníbal Gomes (PMDB/CE), antigo aliado do presidente do Congresso.
Costa explicou a rotina de corrupção que se instalou na Petrobras com base na divisão de porcentuais sobre valores de contratos. Indagado por um dos advogados da OAS sobre o suporte político que ele tinha para se manter no cargo, Costa disse que o senador Renan Calheiros era um dos que dava sustentação política.